quarta-feira, 6 de julho de 2011

Copaxone em avião.

Tomar injeção dói, mas em mim não incomoda tanto quanto a burocracia para transporta-la em avião. não. Desde o inicio do dignóstico de Esclerose Multipla, minha medicação é o Copaxone, o interferon do di-a – dia. A aplicação é diária e precisa ficar na geladeira. Então em casos de viagem tenho que levar as injençoes necessarias devidamente acondicionadas em bolsa térmica. Trabalho em uma autarquia onde viagens aéreas são praticamente a base do nosso trabalho e em acordo com a legislação vigente o transporte de seringas em aviões é restrito, no caso de medicamentos você precisa da receita médica. Uma vez eu tive que jogar vinte injenções fora, pois já havia despachado a bagagem grande e já na esteira vi que não tinha a receita. No inicio do ano, quando voltei para Brasilia, estava vivendo em São Paulo, aconteceu de novo, perdi a medicação porque toda a mudança ja havia saido de são Paulo, incluindo minhas receitas, e no dia da viagem não tinha nenhuma receita em mãos. Não tem conversa não, as leis nos aeroportos são rígidas neste sentido. Quando a bagagem passa no detector de metais revelam as injenções. E sem a receita você não embarca. Eu disse receita? Deveria ter dito papel, sem um papel qualquer você não viaja. Os atendentes não são treinados, não possuem a menor a idéia do conteúdo das injenções e menos ainda sabem o que está escrito na receita. Você pode entregar qualquer receita ou solicitação de exame médico, como fiz, que eles sempre vão achar que o conteúdo da caixa é insulina. Isto mesmo. Insulina. ah é insulina, né? Fiz isso várias vezes só para testar o sistema. Sempre com a receita certinha em mãos, que é para não perder meus direitos, mostro pedido de exames, papel com anotação qualquer até sem assinatura e tudo bem. Ninguém reclama.
GOL e TAM possuem sistemas diferentes na hora de embarque, talvez até seja diferente em algum aeroporto, mas em geral a GOL custuma pedir que a embalagem seja aberta para o atendente do balcão no momento do check-in. Ai quando você passa na esteira já está previamente indicado o conteúdo. Ás vezes funciona, as vezes não. A TAM não faz isso, você se identifica para o pessoal da INFRAERO na esteira e só. A caixa passa na esteira, eles pedem para você abrir. Você abre e a moça fala assim é insulina, né? Você mostra o papel e ela confirma que é receituário para insulina. Teve uma vez, uma vezinha só que eu falei: Não, não é insulina. E eu já perdi medicação porque vocês exigem a receita e agora vem dizer que é insulina. Você nem leu o que está escrito no papel, e muito menos na seringa. Se é para criar uma lei que regulamenta a minha segurança, eu obedeço e agradeço, mas façam a parte de vocês. Corretamente.


Até!

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